Bebê com umbigo saltado é um problema considerado muito comum quando a criança nasce. Trata-se de uma complicação ainda mais frequente quando ocorre um parto prematuro.
Mesmo em nossos dias, existem muitas mulheres que recorrem a simpatias ou recursos caseiros para resolver o problema. No entanto, isso de nada ajuda.
Felizmente, na maioria dos casos, o umbigo volta ao normal em até 18 meses. Ademais, o médico pode ajudar a resolver o problema, empurrando a protuberância para dentro, se achar conveniente.
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Entendendo melhor…
Para entender melhor, o coto umbilical que fica após o nascimento do bebê, seca-se rapidamente e em poucos dias acaba caindo, dando origem ao umbigo.
Essa região é bastante exposta, e pode acontecer de chegar urina e fezes até ali. Por isso, os cuidados de higiene precisam ser redobrados para evitar que entre bactérias e infecções nesta região até que aconteça a cicatrização.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o umbigo saltado ou estufado, em geral, não oferece nenhum risco a saúde do bebê. Além disso, normalmente não se faz nenhum tratamento, pois espera-se que esse problema se normalize antes de chegar ao primeiro ano de vida.
No entanto, se o umbigo não normalizar, certamente será necessário pensar na hipótese de uma cirurgia. Mesmo assim, primeiramente o médico responsável precisará fazer alguns exames.
Causas Aparentes
Ainda não se sabe ao certo porque ocorre uma hérnia umbilical nos bebês. O que sabemos é que o anel umbilical é formado por músculos e outros tecidos no local onde o cordão umbilical se liga ao corpo do feto.
A princípio, dentro da normalidade, o anel se fecha antes ainda do bebê nascer. Entretanto, se os músculos não se unirem completamente na linha média do abdômen, a parede abdominal no bebê ficará mais fraca.
Como resultado disso, certamente surgirá a hérnia umbilical, seja logo que a criança nasce ou mais tarde, em algum momento de sua vida.
Como já adiantamos, a hérnia umbilical é mais frequente em crianças que nascem prematuramente. Além disso, crianças que nascem com peso baixo também podem sofrer com esse problema.
Também se sabe que esse tipo de anormalidade no umbigo do bebê é mais comum em meninas do que em meninos. Ademais, crianças de raça negra e doenças generalizadas também influenciam para que a hérnia ocorra.
Apesar das preocupações por parte dos pais, é muito difícil que essa anormalidade na região do umbigo ofereça riscos para a criança. Em geral, a preocupação fica mais restrita a problemas estéticos mesmo.
Ainda existem outros fatores que podem contribuir para que se forme uma hérnia umbilical no bebê, tais como:
- Por algum motivo, a criança chora com persistência. Certamente que isso vai forçar seu abdômen, favorecendo a formação da hérnia.
- Alguns bebês, podem ter o intestino ressecado. Esse problema fará com que ele faça mais força no momento de evacuar, o que prejudicará o umbigo.
- As vezes, como os órgãos internos da criança estão se desenvolvendo, pode ocorrer algum tipo de pressão interna. Isso, certamente comprometerá a cicatrização do umbigo formando a hérnia.
Portanto, todo o cuidado com o bebê é necessário. Evite deixá-lo chorar por muito tempo e não esqueça que o leite materno é por demais necessário para o seu desenvolvimento.
Além disso, você que é mãe, tome providencias com a alimentação. Não permita que o que você ingere, venha comprometer a saúde do bebê.
Se você desconfia que algo está errado com seu bebê, observe. Um bebê com hérnia umbilical pode apresentar um leve inchaço em volta do umbigo, sempre que chora ou faz força para defecar.
Isso certamente acontece devido à pressão natural exercida dentro do abdômen da criança, necessária nesses momentos.
Hernia Umbilical
A hérnia umbilical no bebê é um problema que acontece quando o umbigo fica inchado ou saltado. A hérnia ocorre quando a parede do abdômen da criança é mais frágil do que o normal.
Em geral, a hernia umbilical se manifesta já quando a criança nasce. No entanto ela fica mais aparente depois de alguns dias quando o bebê chora.
Por conta do choro persistente do bebê, a tendência é o abdômen sofrer um inchaço devido à pressão no seu interior. Como resultado disso, a tumefação fica ainda mais visível, localizada bem ao centro da barriguinha da criança, sobre a cicatriz do coto.
Por isso, a hérnia se forma devido a má cicatrização do anel umbilical. Assim ao ser observado o local do umbigo, vemos uma protuberância que causa uma má impressão.
Como Diagnosticar
Para um médico pediatra, diagnosticar uma hérnia umbilical, não é difícil. Com uma rápida olhada e exame físico na criança, ele já pode constatar o problema.
No entanto, podem ser necessários outros exames mais específicos para saber se não existe algo mais grave acontecendo. Em alguns casos, com algumas massagens que só ele conhece, o problema poderá ser resolvido rapidamente.
Como já adiantamos, geralmente essa anormalidade no umbigo da criança se resolve em pouco tempo, sem a necessidade de tratamentos.
Enquanto se aguarda o período necessário para o restabelecimento do umbigo ao seu estado normal, é importante ficar atento. Não se recomenda a colocação de faixas ou moedas no umbigo.
Esse procedimento na verdade, pode sim comprometer ainda mais o bem estar da criança.
Além disso, se existir a possibilidade de adiantar o processo de normalização do umbigo com a redução manual da hérnia. Somente o médico é que poderá dizer e agir.
Precisa Operar?
Felizmente, o estrangulamento de uma hérnia umbilical é muito raro e, por isso, quase nunca necessitam ser tratadas. Portanto, é só dar tempo ao tempo e esperar que o problema desapareça naturalmente.
À medida que o bebê vai crescendo, a musculatura do abdômen vai ficando mais resistente também. Com isso, essa anormalidade no umbigo, logo deixa de existir.
De acordo com alguns especialistas, existem pelo menos 95% de chances para que uma hérnia no umbigo deixe de existir sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica. A estimativa é de que isso se resolva até os 3 anos de vida.
Entretanto, se passado esse tempo, o problema ainda persistir, certamente que o médico irá sugerir a cirurgia. Com tanto tempo persistindo, não se pode descartar o risco de complicações maiores e, portanto, a cirurgia será recomendada.
Em geral, esse tipo de anormalidade na região do umbigo não dói. Porém, as vezes, a dor pode existir e causar muito desconforto à criança e, nesse caso, a cirurgia poderá ser sugerida pelo médico ainda antes dos 3 anos de idade.
Portanto, se o problema da hérnia existe, é necessário ficar atento a algumas situações que podem ser sinal de perigo. Tais como:
- No momento em que a criança chora ou faz cocô, o umbigo aumenta de tamanho e não retorna ao seu normal.
- A barriga do bebê incha sem um motivo aparente,
- A criança fica com febre,
- A criança se torna irriquieta e chora demonstrando sentir dor,
- A criança, de repente, tem crises de vômitos,
- A criança apresenta um vermelhidão fora do normal ao redor do umbigo.
Se porventura, sintomas como esses se apresentarem, melhor é não perder tempo e buscar logo por ajuda médica.
Uma boa notícia no caso de necessitar fazer uma cirurgia é que ela não apresentar grandes riscos para a criança. Se não existir nenhuma complicação durante o procedimento, a criança precisará ficar internado 1 dia apenas.
Como é a cirurgia
Quando se fala em tratamento para hérnia umbilical, só existe a cirurgia que é feita então, quando o problema é mais complicado e envolve riscos à criança.
Primeiramente, antes ainda da cirurgia, o médico cirurgião deverá pedir por alguns exames, tais como:
- Eletrocardiograma,
- Exame de urina e fezes,
- Exame de glicemia, ureia e creatinina,
- Exame de Raio-X,
- Hemograma.
A cirurgia é considerada simples e pode ser feita através de um pequeno corte na região abdominal. Além disso, ela pode ser feita por Laparoscopia.
As vezes, se o médico cirurgião achar por bem, pode ser colocada uma rede de proteção no local operado para evitar riscos de a hérnia retornar.
Como toda cirurgia, também esta envolve custos. Felizmente ela pode ser feita pelo SUS depois que a criança completa 5 anos de idade. Nesse caso, ela pode ser feita de duas formas: Ou por Corte Abdominal ou por Laparoscopia.
Quando o médico opta pela cirurgia com corte abdominal, é necessária uma anestesia peridural. Depois que é feito o corte, a hérnia é empurrada para dentro da barriga e a parede do abdômen é fechada com pontos.
Nesse tipo de cirurgia é muito comum que o médico, por segurança, coloque a tela na região do corte para evitar que a hernia volte.
Se porventura o médico optar pela cirurgia por laparoscopia, será necessária uma anestesia geral. São feitos então 3 pequenos furos no abdômen da criança para introduzir a microcâmera e outros instrumentos necessários para empurrar a hérnia para dentro do abdômen.
Também nesse caso, o médico poderá optar por colocar a tela de proteção para evitar que a hérnia reapareça.
O procedimento cirúrgico costuma demorar de 1 a 2 horas.
Período de recuperação
Durante o período de recuperação é importante te alguns cuidados com a alimentação.
Por isso, em se tratando de uma criança que já come praticamente de tudo, alguns alimentos poderão ser úteis para auxiliar na recuperação, tais como;
- Alimentos ricos em proteína magra: ovos, peito de frango, peixe. Esses são necessários para auxiliar no crescimento dos tecidos lesionados e acelerar a cicatrização da ferida.
- Ingerir bastante água ou suco natural para hidratar a pele.
Além disso, é importante evitar alimentos como:
- Alimentos ricos em açúcar, especialmente os industrializados de qualquer espécie,
- Alimentos ricos em gordura, especialmente os embutidos diversos, pois estes dificultam a cicatrização.
Outro detalhe, é imprescindível não se descuidar da higienização no local do ferimento. Por se tratar de uma criança, são os pais ou responsáveis que precisam cuidar disso e evitar uma possível infecção no local antes da cicatrização.
Depois de todas essas informações, agora você já está a par de tudo o que acontece com um Bebê com Umbigo Saltado, e quais as soluções a serem tomadas.
Portanto, fique esperta e se, acaso precisar, seja consciente e proceda com cuidado sempre buscando menorizar o desconforto da criança. Em caso de dúvidas, não pense duas vezes antes de buscar pelo pediatra.
Lembre-se que por se tratar de uma cuidados com uma criança indefesa, melhor é prevenir agindo rápido e de forma correta.